Criança não pode ficar parada! Mas a atividade deve ser realizada na medida certa, para não ser prejudicial à saúde e comprometer o rendimento em outras atividades diárias.
Toda criança precisa praticar algum tipo de atividade física desde os primeiros anos de vida, para que fique muito mais preparada física e psicologicamente na fase adulta, informa Silvio Luiz Brandão Britts, executivo responsável pela Área Programática Crianças, Adolescentes e Acampamento, da ACM / YMCA São Paulo.
Mas qual a idade ideal para começar? Quais são as atividades mais indicadas?
Segundo o profissional, a partir dos três anos de idade, os pais já podem – e devem – matriculá-las em aulas embasadas na metodologia do “educar brincando”, ou seja, que não exijam demais da criança e que não tenham foco total em técnicas.
O ideal, de acordo com Britts, é deixar as crianças inseridas em atividades de caráter lúdico e centradas em socialização. Além disso, recomenda-se que elas pratiquem, alternadamente, modalidades coletivas e individuais, uma vez que a primeira fará com que aprendam a partilhar, cooperar e respeitar o próximo, e a outra permitirá que desenvolvam a autoconfiança, superação, coragem e independência, complementa o executivo.
Na ACM, há cinco opções voltadas à faixa etária dos 03 aos 14 anos de idade, que cumprem com os requisitos apontados pelos educadores: Natação, Futsal, Ballet, Danças e Ginástica. Mas antes de matriculá-las, é preciso respeitar a decisão, opinião e afinidade dos filhos. “Em algumas ocasiões, os pais acabam querendo atender apenas aos seus anseios e traumatizam as crianças, fazendo com que elas deixem de ter prazer em uma atividade física”, comenta Silvio.
Entre as modalidades mais requisitadas nas unidades esportivas da ACM, destaque ao Futsal, Ballet e Natação. Consulte os horários e regulamentos das aulas na recepção de sua unidade.
A prática de exercícios físicos é necessária para a saúde integral das crianças, contudo, assim como a falta é prejudicial, o excesso também o é. É preciso equilíbrio na rotina, para que haja qualidade de vida. “Não se deve focar apenas na parte física, e não é bom enchê-las de programação. A criança também precisa ter um tempo livre”, alerta Britts.
Segundo ele, como a condição física da criança é diferente da de um adulto, ela não pode ultrapassar 90 minutos de atividades físicas diárias, dividias entre intensas e leves, para não prejudicar as articulações do corpo e o rendimento em outras ações do dia a dia, como os estudos, e para que fiquem longe de fraturas e fadiga muscular. “Os pais precisam conhecer os limites e as características dos filhos e devem estabelecer um equilíbrio e diversidade das atividades ao longo da semana”, orienta o executivo.
“Sonolência extrema durante o dia e dificuldade para dormir à noite e de se concentrar em sala de aula podem ser indícios de que as atividades físicas estão em excesso”, aponta Silvio Britts. Portanto, pais, atentem-se à frequência e ao ritmo dos exercícios praticados pelos seus filhos.
Como a ACM é multidisciplinar e concentra sua atuação na promoção da saúde, qualidade de vida e bem-estar, visando educação integral aos associados, há também uma gama de atividades socioculturais e pedagógicas que podem ser praticadas por crianças e adolescentes e desenvolvidas nas Brinquedotecas e Setores Infantis e de Jovens das unidades: jogos de tabuleiros, tênis de mesa, pebolim, contação de estórias, sessão cinema, entre outras opções que complementam os exercícios físicos nas ACMs.