A soja se tornou a grande sensação dos alimentos funcionais (aqueles que nutrem e ajudam a prevenir doenças). E de um tempo para cá, o mundo inteiro se rendeu aos seus benefícios.
As mulheres são as maiores agraciadas pelo grão, já que as substâncias encontradas na soja apresentam semelhança estrutural com hormônios estrogênicos, presentes, em maior concentração, nas mulheres.
Porém, substituir sua dieta por suco, leite e carne de soja pode levar a um excesso desnecessário e não trazer benefícios esperados. Por isso, muita calma!
A SAÚDE DA MULHER
As Isoflavonas (substâncias presentes na soja) exercem uma forte atividade hormonal equilibrando as quantidades do hormônio estrógeno, presente no organismo feminino. Eles podem amenizar os sintomas da menopausa, reduzir o colesterol, proteger contra o câncer de mama, perda óssea e doenças cardiovasculares.
Mas cuidado! Segundo a endocrinologista Ruth Clapauch, do Departamento de Endocrinologista Feminina e Andrologia, do Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), não há evidências convincentes que justifiquem o uso da alimentação rica em soja como alternativa. Os calores provocados pela menopausa, por exemplo, vão e voltam independentemente da dieta.
A deficiência de alguns tipos de hormônios, principalmente na menopausa, faz com que a procura pela soja aumente e seja vista como aliada no combate das diversas modificações hormonais enfrentadas nessa fase, porém, não existem soluções milagrosas. “A soja é muito boa como suplemento alimentar, pois se trata de proteína vegetal, mas não em substituição a nenhum tipo de hormônio”, afirma a endocrinologista Dolores Pardini.
RISCOS E BENEFÍCIOS DOS FITOHORMÔNIOS
Os fitohormônios (substâncias extraídas de algumas plantas que possuem um tipo de ação hormonal, considerada uma forma natural de reposição) são uma promessa para o futuro, mas, no momento, não existem pesquisas realizadas sobre o assunto com o rigor científico necessário para acreditarmos nos resultados e colocá-los em prática.
“É importante salientar que não são substâncias inofensivas, não são naturais e muito menos isentas de risco. Devem ser usadas apenas com prescrição médica”, enfatiza dra Dolores.
Com todas essas dicas, é muito importante equilibrar todos os grupos de alimentos, desde cedo, e procurar seu médico com regularidade para ter um tratamento mais direcionado e eficaz.