Arritmia cardíaca: atente-se ao seu coração!
Distúrbio relativamente comum deve ter acompanhamento de um médico especialista evitando exposição a riscos desnecessários.
Palpitações, tontura, desfalecimento, confusão mental, ansiedade, respiração ofegante, fraqueza, pressão baixa, dores no peito e desmaios. Você já vivenciou três ou mais desses sintomas? Caso a resposta seja afirmativa, atente-se ao seu coração e procure um especialista. Esses podem ser indícios de arritmia cardíaca.
O termo é abrangente e engloba todas as alterações do ritmo cardíaco, ou seja, a frequência dos batimentos do coração. O cardiologista Adalberto Lorga Filho, presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac) – gestão 2012-2013, esclarece que existem, basicamente, dois grupos de arritmias: “As taquicardias, quando há aceleração anormal do ritmo cardíaco, e as bradicardias, quando há desaceleração anormal do ritmo”.
“Em muitos casos, no entanto, as arritmias cardíacas podem não provocar sintomas, tornando-se uma doença silenciosa e, às vezes, perigosa. Em casos graves, há risco de parada cardíaca, que pode levar à morte súbita”, informa Lorga. Por isso, é muito importante estar com os exames em dia, para saber como anda a saúde do seu coração.
O exame mais utilizado pelos especialistas para obter o diagnóstico é o eletrocardiograma, porém, frequentemente, as arritmias não estão se manifestando na hora do exame. Uma história clínica bem detalhada poderá guiar a melhor maneira de o médico investigar sua presença. Segundo o cardiologista, exames com *holter, teste de esteira e ecocardiograma vêm sendo muito utilizados para a avaliação do paciente com suspeita de arritmia.
O distúrbio pode ocorrer em homens ou mulheres de qualquer idade e pode ser causado por uma falha na atividade elétrica cardíaca ou associado à presença de doença estrutural do coração, como infarto prévio e insuficiência cardíaca. Algumas arritmias também podem ser geneticamente determinadas de forma hereditária. “Além disso, há alguns fatores de risco, como a obesidade, colesterol alto, pressão alta e o sedentarismo, que contribuem para a ocorrência das arritmias”, alerta o especialista.
Depois de realizado o diagnóstico, o médico poderá indicar um dos seguintes tipos de tratamento: medicamentoso, ablação por cateter por punções venosas (uma espécie de cauterização dos focos de arritmia), implante de marca-passo ou de desfibrilador interno. Vale lembrar que quem determinará a necessidade ou não de cada tratamento é o especialista, de acordo com a gravidade da situação.
Mas é possível praticar exercícios físicos tendo arritmia cardíaca? O profissional entrevistado responde: “Às vezes sim, sem risco algum, mas às vezes não, apresentando alto risco de morte súbita. Após a avaliação médica, as restrições, se necessárias, vão variar de caso a caso. Normalmente, quanto maior o esforço, maior será o risco. É fundamental o acompanhamento de um médico para orientar e tratar o paciente”.
ESTEJA SEMPRE EM DIA COM SEUS EXAMES E AVALIAÇÕES MÉDICAS. CUIDE-SE!
*Holter é um dispositivo portátil que monitora continuamente a atividade elétrica cardíaca dos pacientes, por 24h ou mais.
**Sobrac: www.sobrac.org
Fonte: Revista InformACM- Ano 11 – nº 41 – pág.11